O docente teria agido após as alunas se sentirem constrangidas com a presença do rapaz, que se identifica como uma moça.
Depois de ser acusado de “transfobia” contra um estudante, o diretor de uma escola estadual de Sorocaba, no interior de São Paulo, foi afastado de forma preventiva do cargo na segunda-feira passada (4).
No dia 1º de abril, o diretor da Escola Estadual Antônio Padilha, no Centro de Sorocaba, teria impedido uma estudante transexual de usar o banheiro feminino, devido a seu sexo biológico masculino.
Depois do acontecimento, alunos da escola se reuniram para protestar e pedir o afastamento do diretor. Um dos cartazes incentivava: “Fogo nos: racistas, fascistas, homofóbicos, gordofóbicos, machistas, transfóbicos, capacitistas, intolerantes religiosos, xenofóbicos e qualquer outro babaca”.
A atitude do diretor, no entanto, foi uma resposta ao constrangimento de alunas que utilizam o banheiro feminino.
De acordo com uma reportagem da Gazeta do Povo, a mãe de um aluno da escola relatou que algumas estudantes teriam reportado ao diretor que se sentiam incomodadas com a situação de encontrar o rapaz no banheiro feminino.
A mãe relatou ainda que o diretor tentou encontrar uma solução, oferecendo um terceiro banheiro, provavelmente utilizado por funcionários, para que o estudante trans pudesse usar. Mas o aluno insistiu e seguiu utilizando o banheiro feminino.
A Diretoria de Ensino de Sorocaba, responsável pela unidade, abriu uma apuração preliminar sobre o caso. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou, em nota, que repudia todo e qualquer tipo de discriminação, racismo ou LGBTQIAP+fobia dentro ou fora da escola.
A Seduc-SP foi questionada pela Gazeta do Povo sobre qual seria a orientação nesses casos em relação ao uso do banheiro. Em nota, a secretaria respondeu: “A Pasta ressalta que a decisão do uso do banheiro acontece através do Conselho Escolar e de forma individualizada, tratando caso a caso. É orientado que com novas demandas o conselho se reúna imediatamente para mediar a situação de forma que toda comunidade escolar seja acolhida e respeitada.”
Via Guiame, com informações do Gazeta do Povo.