Antonio Cruz/Agência Brasil

Projeto polêmico apresentado na Câmara trata pedofilia como doença

A proposta em análise na Câmara dos Deputados acrescenta a medida ao Código Penal e ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

O Projeto de Lei 4246/2020 prevê que condenados por crimes sexuais, incluindo aqueles praticados contra crianças e adolescentes, recebam acompanhamento médico e psicológico contínuo durante o período de cumprimento de pena em estabelecimento prisional ou em liberdade condicional.

Falando com exclusividade ao Guiame sobre o tema, a advogada Patrícia Alonso, “o projeto quer que Brasil reconheça que a pedofilia seja uma doença, e passe as mãos na cabeça desses criminosos”.

Conforme o texto, mesmo após o cumprimento da pena, apenas após a alta médica e psicológica o sentenciado será posto em liberdade, mediante alvará do juiz. Caso não receba alta, ele será internado em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico e psicológico (hospitais-presídio) ou, na falta destes, em outro estabelecimento adequado, com custódia assegurada.

Autora da proposta, a deputada Marina Santos (Solidariedade-PI) afirma que muitos condenados por crimes sexuais e pedofilia, “ao retornar ao convívio em sociedade, retomaram a vida criminosa, abusando cada vez mais de crianças”.

A autora da proposta, deputada Marina Santos. (Foto: Reprodução / Agência Câmara de Notícias)

Mas, segundo ela, “quando recebem o devido tratamento psicológico o índice de reincidência cai drasticamente, demonstrado que o acompanhamento contínuo do médico psiquiatra e do profissional psicólogo tem grande eficácia”.

Patrícia Alonso diz que é importante salientar que a pedofilia não existe no ordenamento jurídico brasileiro. “Pasme com essa informação, mas é uma grande verdade”, diz.

Segundo a advogada, “existe o estupro de vulnerável previsto no art. 217-A do Código Penal, entretanto, o que mais temos visto atualmente é o crime de pedofilia incestuosa”.

Para Patrícia, “a Justiça caiu de joelhos perante o ‘lobby pedófilo’, agora, a nova ‘modinha’ é passar a mão na cabeça deste criminoso”.

A proposta em análise na Câmara dos Deputados acrescenta a medida ao Código Penal e ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

Via Guiame, com informações da Agência Câmara de Notícias.

Compartilhe

Faça um comentário