O gari Francisco Paulo da Silva, de 61 anos, morreu na tarde desta quarta-feira (13) ao ser atingido por uma bala perdida em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Momentos antes de ser baleado, Francisco reuniu os colegas da Companhia de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) para uma oração. Ele era conhecido pelos companheiros como uma “pessoa de muita fé”, segundo gerente da área de Irajá, Carlos Alberto Bezerra.
“Era um ótimo trabalhador. Um cara que sempre retribuiu os trabalhadores com a religião dele. Trabalhava o dia inteiro cantando hino de igreja”, disse o gerente, que convivia com Francisco há quatro anos, ao jornal O Globo.
Francisco fazia o serviço de capina na rua Cambuci do Vale quando foi atingido por uma bala perdida às 11h45. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
O gari foi vítima de uma bala perdida durante um assalto a Mateus Fernandes Félix da Silva, que teve a moto roubada e também foi atingido. De acordo com a Polícia Militar, Mateus segue internado no hospital.
Francisco trabalhava na Comlurb há 21 anos, era casado e deixa um filho de 18 anos. A empresa divulgou uma nota lamentando o ocorrido e decretou luto oficial de três dias.
Sua morte está sendo apurada pela Polícia Civil, que instaurou inquérito na Delegacia de Homicídios.
Em menos de 24 horas, foram registrados três casos de bala perdida no Rio. Além de Francisco, a menina Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, morreu após ser baleada próxima à escola onde estudava em uma suposta execução de um adolescente envolvido com o tráfico por milicianos em Realengo.
Uma mulher identificada como Claudia Parreira Santos, 49 anos, também foi atingida durante um tiroteio no Jacarezinho, na manhã desta segunda-feira.
Via Guiame