A irmã Adelaide Luzia Simão, conhecida como missionária Adelaide foi chamada para embelezar o Jardim de Deus.

Permita-me dirigir a você leitor chamando-a de Minha avó.

Foram 108 anos que essa mulher preciosa esteve andando nessa terra e aproximadamente 80 foram anunciando o insondável amor de um Deus amoroso.

A vó tinha um jeito que era somente dela de falar de Jesus, parecia um anjo.

Ela nutria uma devoção pelo Salvador que era contagiante.
A sua fé era misturada com a certeza de um Deus que fazia milagres com a esperança que sempre havia uma luz no fim do túnel.

O seu registro de nascimento consta que nasceu em Borebi, região noroeste do interior paulista, mas ela dizia que era de Palmeiras dos Índios.
Meu pai dizia que ela, antes de conhecer Jesus era “braba como uma índia”, mas sempre manteve os filhos com rédeas curtas.

Ainda jovem conheceu o jovem Antenor José da Silva na cidade de Avanhandava com quem teve os meus tios: Nivaldo, Florisvaldo, João e Zélia esses in memória, Paulo (meu pai), Antenor, Marian, Daniel, Maria e Marta.

Não foi fácil criar todos os 10, infância difícil, muito pobre, mas sempre atenta ao crescimento das crianças.

Seus primeiros passos na fé cristã foi na Igreja Presbiteriana do Brasil da cidade de Lins, onde a primeira dama frequentava e deu o enxoval de bebê quando nasceu o Paulo e também pediu para colocar esse nome na criança.

Pouco tempo depois conheceu a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério de Madureira onde serviu ao Senhor por dezenas de anos e foi consagrada na primeira Convenção da nossa denominação quando apresentaram irmãs para o Ministério Missionário.

Ela guardava em sua bíblia com todo cuidado a sua “Credencial de Missionária” que tinha a assinatura de quem ela chamava de “meu amigo pastor Manoel Ferreira” e dizia com orgulho que ganhou para Jesus os seus pais Pedro e Atilia Ferreira.

Como missionária são inúmeros testemunhos, mas lembro de um em especial que pagaram sua passagem uma família de Maceió, pois queriam que ela fizesse uma oração para um membro da família que estava com câncer e minha avó foi até o estado de Alagoas e como Jesus nos ensinou: “… em meu nome curarão os enfermos”.

Ela foi uma ajudadora na inauguração da Igreja Assembleia de Deus, Ministério de Madureira no bairro da Vila Yolanda quando o trabalho foi fundado pelo pastor Ademir Bispo, igreja essa que sempre demonstrou de forma carinhosa os cuidados com a minha avó e aqui registo os nossos agradecimentos a esses irmãos.

Ela morou por muitos anos em 2 cômodos bem pequeno na companhia do meu tio Daniel, ali era seu cantinho da felicidade. Inúmeras vezes ali se tornará Casa de Oração, consultório psicológico de Jesus.

A vó era especialista em dar conselhos.

Meu filho mais velho foi com a namorada visitá-la e quando chegaram estava uma mulher que acabou de ser aconselhada e então ela pediu: “Missionária faz uma oração por mim”. E ela disse: “Vou fazer, mas depois você ora por mim”, a mulher retrucou, mas eu não sei orar igual a senhora e foi quando a missionária Adelaide carinhosamente respondeu: “Você tem boca para falar então pode orar também”.

Ela era assim, simples mas cheia de fé.


Como esquecer de suas brincadeiras? Como esquecer da casa cheia de filhos, netos e bisnetos no Dia das Mães e ela preparava um almoço delicioso e um pudim que tinha sabor dos céus.

Enfim, minha querida vó Adelaide terminou seus dias aqui na Terra e foi chamado pelo seu SENHOR à estar com Ele por toda eternidade.

Como seu neto e um admirador confesso desse baluarte das Assembleias de Deus agradeço ao Senhor por permitir conhecê-la por 46 anos e também sou grato aos meus familiares em especial a Tia Mirian e a prima Renata por terem cuidado dela por quase 10 anos e termino externando minha gratidão a diretoria da AD Osasco, Ministério de Madureira, onde na pessoa do pastor-presidente Márcio Vergniano sintam-se abraçados todos os membros que conheceram e aqueles que tiveram a alegria de serem pastor da Missionária Adelaide.